domingo, 20 de novembro de 2011

Permanecer, escrever, estabelecer.




Eu entendo que nem todos que serviram a Deus escreveram alguma coisa. Mas alguns deles fizeram. E isso ficou na minha cabeça. Homens que serviram a Deus escreveram. O que eles escreveram estabeleceu algo no tempo deles, até depois deles... E além deles.
Informações preciosas, segredos e revelações. Registros de genealogia, fatos curiosos e relatos emocionantes, profecias que nos proporcionaram uma visão mais profunda, uma leitura mais profunda sobre o que está no Reino de Deus, como é Deus, sua forma de agir. Podemos observar também que não se tratava de quaisquer pessoas... Vamos verificar alguns dos que escreveram as escrituras.

Moisés – Pentateuco, Jó
Samuel – Juízes
Samuel, Natã e Gade – 1 e 2 Samuel
Esdras – 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias, (possivelmente) Ester
Davi e cia – Salmos
Salomão – Cantares, Provérbios, Eclesiastes
Profetas – seus respectivos livros, juntamente com escribas
Discípulos/Apóstolos – Evangelhos, Atos, cartas a algumas Igrejas, Apocalipse.
Paulo – Cartas às Igrejas

O que eles escreviam eram coisas que acabavam compatíveis entre seus livros, ainda que entre eles se possa haver espaços de 1000 anos, por exemplo. Os livros concordam entre si, e tudo bem que alguns tinham conhecimento dos livros anteriores e respaldavam o que estava se vivendo naquele momento, o que também foi registrado posteriormente. O que eles escreviam era essencial enquanto contribuição para uma construção desses desígnios do próprio Deus, para as gerações que haveriam de vir. O Levítico é um bom livro que remete isso, bem como o Apocalipse, em que Ele mesmo (enquando Adonai ou Yeshua) narra o que o autor precisava escrever. No Levítico, Deus diz a Moisés que oriente o povo dessa ou daquela forma. Para tantas ordenanças, Moisés compila e escreve. João recebe instruções quanto a escrever as visões que Ele estava tendo pelo próprio Cristo.

O principal é que tudo o que escreviam partia de suas experiências. Não foram coisas que eles simplesmente escolheram escrever. Eram vivências que passaram a fazer parte do seu íntimo, da sua história, antes de quaisquer outros, mexeu com a VIDA deles. Cada vez que Moisés descia do monte, devia descer com um pedaço do Levítico na mente, ou com a história de Jó; enquanto viviam no deserto, ele registrava o Êxodo. Quando ele estava no monte de novo, certamente Deus lhe contava como era tudo no início e como as coisas aconteceram, e aí ele transcreveu o Gênesis. Davi e seus homens registraram suas músicas para que eles e seu povo cantassem, mas suas letras, as canções que vinham de visões e dos seus corações, nós cantamos até hoje. Elas nos levam a uma realidade totalmente diferente desta visível.


Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra. Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. 
Quem é este Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos, ele é o Rei da Glória. (Selá.)


Salmos 24:7-10

O mais importante é que tudo o que foi posto no papel não era mera invenção ou um devaneio. Eles se sentiram MOTIVADOS por algo que seria essencial para que de alguma forma tornassem aquelas expressões e cenários PERMANENTES. Escrevemos o que NÃO PODEMOS ESQUECER. Nós escrevemos o que em algum momento julgamos importante. Temos muitos livros na face de toda a Terra, alguns já digitalizados e isso facilita ainda mais a preservação/conservação do que foi escrito. Eu realmente entendo muito que temos que ler e isso nos fundamenta para este tempo presente e para o que vem.

Mas também é muito importante o outro passo. Hoje, o meu pensamento está em: o que EU tenho pra escrever?


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