Pergunto, pois: porventura, tropeçaram para que caíssem? De modo nenhum! Mas, pela sua transgressão, veio a salvação aos gentios, para pô-los em ciúmes. Ora, se a transgressão deles redundou em riqueza para o mundo, e o seu abatimento, em riqueza para os gentios, quanto mais a sua plenitude! (...) Dirás, pois: Alguns ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado. Bem! Pela sua incredulidade, foram quebrados; tu, porém, mediante a fé, estás firme. Não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, também não te poupará. Considera, pois, A BONDADE E A SEVERIDADE de Deus: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a bondade de Deus, se nela permaneceres; do contrário, também tu serás cortado. Eles também, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; pois Deus é poderoso para os enxertar de novo.
Porque se tu foste cortado na oliveira silvestre por natureza, e contra a natureza foste enxertado na oliveira cultivada, quanto mais os ramos naturais não serão enxertados na própria oliveira! Irmãos, não quero que ignoreis este mistério para que não sejais arrogantes: o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que chegue a plenitude dos gentios; e assim todo o Israel será salvo, como está escrito: o Libertador virá de Sião e desviará de Jacó as impiedades; esta é a minha aliança com eles, quanto eu tirar o pecado de vós...
Pois, assim como antigamente fostes desobedientes a Deus, mas agora alcançastes misericórdia em razão da desobediência deles, assim também estes agora se tornaram desobedientes, PARA TAMBÉM ALCANÇAR MISERICÓRDIA EM RAZÃO DA MISERICÓRDIA QUE VOS FOI DEMONSTRADA.
Porque DEUS COLOCOU todos debaixo da desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos.
Eu fiquei muito impressionada com o que Paulo escreve aqui aos romanos explicando de onde vem a salvação deles. Ele está simplesmente explicando a justiça de Deus, que igualou a todos debaixo dos princípios dEle, onde a "meritocracia"- se é que podemos assim dizer - não determina a salvação de ninguém, diferente do que se tendia a pensar (e pensamos ainda hoje).
É muito simples: Deus articulou tudo para que os judeus fossem submetidos ao mesmo livramento que os gentios, ainda que eles sejam transformados e sejam um povo especial. Estão, assim, sujeitos a algo muito poderoso: a justiça de Deus, que em nenhum momento opera sem graça. A justiça natural - ou deste século - nada tem a ver com a dEle, porque não se considera dentro dela o princípio da graça, e no tribunal dEle INCLUSIVE esse valor é levado em conta até uma justa medida, que também é Ele quem dá. Ele faz com que todos se submetam à justiça dEle, que é Cristo. Enquanto os judeus não se submeterem ao Filho, que é Cristo, mesmo assim, se submeterão à justiça do Pai. A forma como ele trata de toda a humanidade se torna inquestionável.
Dessa forma, meio que desnorteada pela capacidade de Deus controlar todos os desígnios e toda a história, eu entendo muito melhor porque Paulo escreve os versículos seguintes.
Ó profundidade da riqueza, da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Pois, quem conheceu a mente do Senhor? Quem se tornou seu conselheiro? Quem primeiro lhe deu alguma coisa, para que lhe seja recompensado? Porque todas as coisas são dele, por ele e para ele. A ele seja a glória eternamente! Amém.
Romanos 11.
